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Postas assim as hipóteses em alternativa, só um tontinho não percebe que, se ama o seu casaco, de marca mas sem argolinha para enfiar no espigão do cabide (!), deve arranjar maneira de o manter consigo, não vá, no adeus, até à próxima, ser impelido a encetar um longo processo de praguejamento contra os donos da casa ou do estabelecimento, contra os fabricantes de cabides, contra as marcas com responsabilidades... ou contra si próprio, que devia ter cosido ali uma argola de pendurar logo após a compra e agora o que lá vê é um insinuante buraco por onde se pode espreitar a vizinha, o vizinho...
Postas "assim"?
Então eu comento "assado"!
(É que aqui no Inferno está 'too damn hot!')
Se houver e me for dada a alternativa, 'bien sûr'...
Que alternativa é que aproveitarias, menino Vítor? De certeza que mudarias?
Quem já comenta "assado", vindo lá dos quintos dos infernos, muitas vezes terá negado a alternativa de não pendurar o casaco no penetrante cabide - pela gulosa possibilidade de vir a atingir alvos por buracos...
É que a tal alternativa não precisa ser-te oferecida. O casaco no teu colo, por exemplo, nas tuas costas ou nas da cadeira são sempre hipóteses a não desprezar. Poupas o casaco e fazes o favor de caminhar em frente, de cabeça erguida, quando for para acertar no alvo.
É que... espreitar pelo buraco dá no que dá... calor, não é?!...
Nem sempre as alternativas nos são dadas para as "aproveitarmos"; somos muitas vezes "obrigados" a optar por uma das alternativas que nos são propostas (mesmo quando nenhuma nos agrada). Por exemplo, as alternativas que me são propostas são o Paraíso OU o Inferno. Não tendo particular vontade de IR para qualquer um deles, sempre tive de escolher um. Como é habitual, escolhemos sempre o "mal menor", não é?
Agora, numa coisa tens razão (acho!): "espreitar pelo buraco" dá quase sempre calor - nem que seja o 'fuinho na paede' do iglu gronelandês!...