Lady:
Teu chamar chamar ouvi
E a resolver resolvi dar
Algo de mim direito a ti
Para a tua festa animar
Festa que é festa
Sem palavra no papel
A saber a festa
Também é festa
Que pr' aqui fiz a granel
Ainda pr'aqui tentei
Um verso ou outro elaborar
Sem sucesso almejei
Algo simples provocar
Sem sentido minha palavra
Que bonito quis ficar
Pl'o menos é minha lavra
Armado em parvo alardear
Mensageiro sem mensagem
Twitteiro sem twittar
É como vir estrangeiro
Pr'aqui estranho falar
Clique, clique!
Estou a provocar!
Hora tardia
Estarei a sonhar?
- Será alambique
A querer falar ?
Aníbal:
Afinal, ainda há cliques que se dão! É bom sentir isso.
Claro que com rimas, lápis, cores... e tantas flores... é fácil sentir-me iluminada.
Gosto destes cliques que se sentem e se retribuem; gosto desta capacidade de reacção; gosto de um bom "toma lá, dá cá"; gosto de ter de pensar para responder; gosto de responder sem pensar... e de registar no coração.
Gosto de provocação.
E gosto de festas em que bailem palavras. Ditas ou escritas, directas ou jogadas..., vibro com as palavras.
Mas as minhas, sozinhas, não têm graça, e dançam por pouco tempo. Precisam de parceiros, querem que gostem delas, desejam que alguém queira mais e... clique.
Obrigada por me teres enviado algo de ti - direito a mim. E olha que não te senti nada estrangeiro, não!
Agora já posso escrever e pintar. E o que me vai no peito revelar.
É que até aquilo que nos surge 'de imediato' acontece por provocação, embora haja quem pense que não...
Agora vai lá dormir "diatamente" (como diziam os meus filhos quando eram mesmo pequenos), que já é tarde.
Beijos